Aumento anunciado pelo governo estadual beneficia mais de 35 mil servidores da Segurança Pública, incluindo policiais militares, civis e bombeiros
O salário inicial dos soldados da Polícia Militar de Santa Catarina será reajustado de R$ 6 mil para R$ 7.290, conforme anúncio do governo estadual na última segunda-feira (3). O aumento de 21,5% foi concedido pelo governador Jorginho Mello e abrange mais de 35 mil servidores da Segurança Pública, incluindo policiais militares, civis, bombeiros militares e policiais científicos, além de agentes da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) e da Secretaria de Justiça e Reintegração Social (SEJURI).
O governador justificou a medida citando a queda nos índices de violência no estado. “Somos o estado mais seguro do Brasil e precisamos valorizar quem trabalha para isso. Esse reajuste garante que os policiais tenham melhores condições de vida e sigam protegendo a população”, afirmou Jorginho Mello.
Segundo o governo, o reajuste contempla 20,4 mil servidores da ativa e 14,9 mil inativos das forças de segurança. Com isso, a remuneração dos soldados da PM catarinense passa a ser uma das mais altas do país.
A Polícia Militar representa 85% de todo o efetivo da segurança pública do estado e, nos últimos dois anos, recebeu reforço no quadro de servidores. De acordo com dados do governo estadual, foram convocados 643 novos policiais militares no período, além da contratação de 55 profissionais para a Polícia Civil, 162 para a Polícia Científica, 273 bombeiros militares e 508 policiais penais.
Além do aumento salarial, o governo afirma que investiu R$ 360 milhões em segurança entre 2023 e 2024, destinando recursos para novas viaturas, veículos blindados, armamentos e equipamentos de alta tecnologia. Um dos destaques foi a compra de 145 fuzis israelenses Arad/IWI 5,56 x 45mm para a Polícia Civil.
Apesar do reajuste, entidades ligadas à segurança pública seguem cobrando melhorias estruturais e novos concursos para ampliar o efetivo. Nos últimos anos, representantes da categoria vêm pedindo a recomposição salarial dos policiais, argumentando que os custos de vida aumentaram e que há déficit no número de agentes atuando no estado.