Caso aconteceu em 8 de março no bairro Cedro, em Camboriú. Ex da vítima teria planejado o atentado para matar a mãe e o bebê que ela esperava de outro homem, um traficante rival. A mulher foi baleada na barriga, o bebê nasceu após parto de emergência e sobreviveu
A Polícia Civil de Santa Catarina concluiu uma etapa decisiva da investigação sobre o ataque ocorrido no dia 8 de março deste ano no bairro Cedro, em Camboriú. Na ocasião, um homem foi executado com pelo menos 20 tiros e sua companheira, grávida de sete meses, acabou sendo atingida por um dos disparos na região do abdômen. A bala atravessou o corpo da gestante e atingiu diretamente o feto, que precisou nascer por meio de um parto de emergência.
Apesar da gravidade do ferimento, o bebê sobreviveu, assim como a mãe, que foi socorrida e segue em recuperação. O caso, que inicialmente parecia estar ligado a uma disputa entre traficantes, teve reviravoltas ao longo da apuração policial e revelou um contexto ainda mais violento.
Segundo a Polícia Civil, os autores do crime são pai e filho. As investigações apontam que os dois agiram motivados por uma disputa no tráfico de drogas, mas também por razões pessoais. Um dos criminosos seria o ex-companheiro da mulher baleada e teria planejado o ataque para eliminar o filho que ela esperava de seu novo relacionamento com o traficante rival.
De acordo com os investigadores, o crime foi premeditado. A ação seguiu um padrão típico de organizações criminosas e envolveu, inclusive, a destruição do veículo utilizado no atentado, que foi encontrado incendiado em Balneário Camboriú logo após o crime.
Diante das evidências, a Polícia Civil representou pela prisão temporária dos dois homens, com base em indícios de homicídio qualificado consumado, tentativa de homicídio qualificado, tentativa de aborto sem consentimento da gestante, fraude processual e incêndio. A Justiça acatou o pedido, e os suspeitos foram presos na última sexta-feira, 4 de abril, pela Polícia Militar. Ambos foram encaminhados ao sistema prisional, onde permanecem à disposição da Justiça.
A Secretaria de Segurança Pública do Estado reforça que o combate à criminalidade violenta e a proteção de vítimas em condição de vulnerabilidade seguem como prioridades. O caso segue sendo acompanhado pela Polícia Civil de Camboriú.