Iniciativa visa planejar o desenvolvimento sustentável de seis municípios do litoral norte catarinense
A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e da Economia Verde (Semae) lança nesta quinta-feira (10), em Joinville, o projeto Mapeamento dos Usos da Baía da Babitonga, uma iniciativa voltada à gestão ambiental e ao planejamento sustentável dos seis municípios que compõem a região: Itapoá, Garuva, Joinville, Araquari, Balneário Barra do Sul e São Francisco do Sul.
O evento de lançamento será realizado às 14h, no auditório da Associação de Municípios do Nordeste de Santa Catarina (Amunesc), e contará com a presença de autoridades estaduais, pesquisadores da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) e representantes das comunidades locais. A participação é gratuita e aberta ao público, com 90 vagas disponíveis, preenchidas por ordem de inscrição.

O projeto será executado pela Udesc por meio do Grupo de Gestão, Ecologia e Tecnologia Marinha (GTMar), e terá duração de 13 meses. Segundo o secretário estadual do Meio Ambiente e da Economia Verde, Emerson Stein, a proposta é elaborar um diagnóstico detalhado sobre o uso e ocupação do solo na área da baía, utilizando uma abordagem integrada que une mapeamento participativo, geoprocessamento e análise de dados ambientais.
“A Baía da Babitonga é uma das áreas mais estratégicas de Santa Catarina, com grande influência industrial e urbana, especialmente pela expansão de Joinville. Com o avanço econômico, é fundamental planejar o futuro da região com base em critérios sustentáveis”, afirmou Stein.
De acordo com o coordenador do projeto, professor Eduardo Gentil, o estudo visa criar um modelo que possa ser replicado em outras regiões do estado. A metodologia será guiada pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, em especial o ODS 11, que trata de cidades e comunidades sustentáveis, e o ODS 14, sobre a preservação da vida nos ecossistemas aquáticos.

Durante o período de execução, serão realizadas entrevistas com gestores públicos, revisão de legislações ambientais, oficinas com a sociedade civil e uso de tecnologias para mapear e avaliar os impactos do uso do solo. O objetivo é fornecer informações técnicas que sirvam de base para políticas públicas equilibradas entre crescimento econômico e conservação dos recursos naturais.
A Baía da Babitonga é um dos maiores estuários do sul do Brasil e abriga uma biodiversidade importante, além de ser rota de transporte marítimo e base para atividades pesqueiras e industriais. Com o projeto, o Estado pretende iniciar um novo capítulo na gestão territorial da região, promovendo o diálogo entre os setores produtivos, o poder público e a sociedade.