domingo, junho 29, 2025
InícioEconomiaSC lidera ranking com menor presença do Bolsa Família no país

SC lidera ranking com menor presença do Bolsa Família no país

Estado tem apenas 4,4% dos domicílios atendidos, contra média nacional de 18,7%

- Anúncio -

Santa Catarina é o estado brasileiro com a menor participação no Programa Bolsa Família, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (8). Enquanto a média nacional registra 18,7% dos domicílios com ao menos um beneficiário do programa, em território catarinense esse índice é de apenas 4,4%.

O levantamento considera os rendimentos domiciliares ao longo de 2024 e revela que, entre os 2,8 milhões de domicílios em Santa Catarina, cerca de 123 mil recebem recursos do programa social. Em todo o Brasil, são 14,8 milhões de residências atendidas, num total de 79,1 milhões de lares.

A participação catarinense teve uma leve queda em relação ao ano anterior, passando de 4,5% em 2023 para 4,4% em 2024. No cenário nacional, também foi registrada uma retração — de 19% para 18,7%.

O governo do estado atribui esses números a um cenário de estímulo à economia local. Em nota, o governador Jorginho Mello declarou que o estado “está fazendo o dever de casa” ao apostar em investimentos, empreendedorismo e infraestrutura. Já o secretário de Indústria, Comércio e Serviço, Silvio Dreveck, reforçou a ênfase na geração de empregos como política de inclusão. Segundo ele, Santa Catarina criou mais de 60 mil empregos formais em 2025 e tem atualmente mais de 7 mil vagas abertas no Sistema Nacional de Emprego (Sine).

Menor dependência de programas sociais na renda familiar

Além da baixa participação no Bolsa Família, Santa Catarina também lidera no quesito menor peso de programas sociais na composição da renda domiciliar. Enquanto no Brasil os programas sociais representam, em média, 3,8% da renda das famílias, em Santa Catarina essa fatia é de apenas 1%.

Outros estados com baixos percentuais são São Paulo (1,7%), Distrito Federal (1,8%) e Paraná (1,9%). Já as unidades da federação com maior dependência desses programas são Maranhão (10,8%), Ceará (10,2%), Pará e Piauí (ambos com 9,7%).

Rendimento médio cresceu 12% no estado

A pesquisa do IBGE também apontou que a renda média domiciliar per capita em Santa Catarina cresceu 12% em um ano, saltando de R$ 3.203 em 2023 para R$ 3.590 em 2024 — um acréscimo de R$ 387. Com esse resultado, o estado tem o quarto maior rendimento médio do país, atrás apenas do Distrito Federal (R$ 5.147), São Paulo (R$ 3.785) e Rio de Janeiro (R$ 3.618).

Na região Sul, Paraná e Rio Grande do Sul aparecem empatados com rendimento médio de R$ 3.571. A média nacional é de R$ 3.057.

Os dados integram a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) Rendimento de Todas as Fontes 2024, elaborada pelo IBGE.

POSTAGENS RELACIONADAS
- Anúncio -

Mais Visitados

- Anúncio -