Campanha enfatiza que esmola pode manter vulneráveis nas ruas, enquanto atendimento transforma vidas
A Prefeitura de Balneário Camboriú está reforçando a campanha “Esmola Não Salva Vidas”, com o objetivo de conscientizar moradores e visitantes sobre a importância de não incentivar a permanência de pessoas em situação de rua por meio da doação direta de dinheiro. A proposta é clara: em vez de dar esmola, a população deve acionar o telefone 156, canal oficial de atendimento da Secretaria de Assistência Social, Mulher e Família.
Por trás do gesto aparentemente solidário de entregar uma moeda ou uma nota, há um problema mais profundo, segundo a prefeitura. A doação pode manter essas pessoas nas ruas e dificultar que elas tenham acesso aos serviços de apoio oferecidos pelo município — como acolhimento, alimentação, banho, retorno à cidade de origem e até a reconstrução de vínculos familiares.
A prefeita Juliana Pavan explica que a campanha não é sobre abandono, mas sim sobre cuidado efetivo. “Nosso compromisso é com a vida, com a inclusão e com a dignidade. A campanha ‘Esmola Não Salva Vidas’ não é sobre ignorar a dor de alguém, mas sim sobre oferecer o caminho certo para quem precisa de ajuda. Cada ligação para o 156 é um ato de empatia e responsabilidade”, afirmou.
A mobilização faz parte de uma estratégia mais ampla, que inclui a operação “Resgate a Vida BC”, conduzida por equipes técnicas e com apoio de diferentes secretarias municipais. As ações são feitas de forma integrada e com abordagem humanizada, respeitando os direitos e as necessidades de cada pessoa atendida.
A campanha está visível em diversos pontos da cidade, com cartazes, faixas e mensagens espalhadas por ruas e espaços públicos. O foco é alcançar tanto os moradores quanto os turistas, especialmente durante períodos de maior movimento, como feriados e temporadas.
Segundo a Prefeitura, a iniciativa está alinhada às políticas públicas permanentes de combate à vulnerabilidade social e à promoção da dignidade humana. A mensagem central da campanha é simples e direta: ao acionar o 156, o cidadão ajuda de verdade.
Essa orientação reforça que atitudes conscientes da população podem contribuir de forma mais efetiva para mudar a realidade de quem vive nas ruas — não com esmolas, mas com apoio real e acesso a serviços que transformam vidas.