BC Trânsito registra aumento de 204% nas autuações por perturbação do sossego público no último trimestre
Balneário Camboriú segue firme no combate à poluição sonora, com resultados expressivos nas ações de fiscalização realizadas pela Autarquia Municipal de Trânsito (BC Trânsito). De acordo com o balanço divulgado nesta segunda-feira (13), entre os meses de outubro e dezembro de 2024, foram registrados 463 autos de infração por práticas que perturbam o sossego público, um aumento de 204% em comparação com o período anterior, quando foram autuados 152 veículos.
Essas infrações incluem o uso inadequado de equipamentos sonoros, escapamentos com ruídos excessivos e outros comportamentos irregulares que violam a legislação municipal e impactam negativamente a qualidade de vida da população. As ações fazem parte do programa “Silêncio é Saúde”, promovido pelo Ministério Público de Santa Catarina, com o apoio do Promotor José de Jesus Wagner, e visam assegurar um ambiente mais saudável e harmonioso para todos.
“O bem-estar da população de Balneário Camboriú é nossa prioridade. Trabalhamos em conjunto com o Ministério Público para garantir que nossa cidade seja um lugar mais tranquilo e respeitoso para todos”, afirmou o Secretário de Segurança Pública, Evaldo Hoffmann.
A fiscalização foi intensificada com a atuação de agentes de trânsito em pontos estratégicos da cidade, respondendo ao aumento das denúncias e reclamações da comunidade. A BC Trânsito reitera que a Central 153 está disponível para receber denúncias de perturbação do sossego e garantir a continuidade do trabalho de conscientização e fiscalização.
Riscos à saúde
A poluição sonora, muitas vezes ignorada em nosso dia a dia, traz consigo uma série de riscos à saúde humana, animal e ao meio ambiente. A exposição prolongada a níveis elevados de ruído pode afetar tanto o corpo quanto a mente, provocando uma série de problemas de saúde física e mental. Entre as consequências mais comuns estão agitação respiratória, aceleração da pulsação, aumento da pressão arterial, dores de cabeça e estresse emocional. Além disso, a poluição sonora pode prejudicar o sono, causando insônia e, em casos mais graves, até doenças cardíacas, como infartos, além de problemas auditivos irreversíveis.
O impacto não se restringe apenas aos seres humanos. Os animais também são profundamente afetados pelo barulho excessivo, que pode gerar estresse elevado, interferindo diretamente nos seus instintos naturais, como a caça e a reprodução, além de prejudicar sua comunicação. Para a vegetação, o som excessivo é igualmente prejudicial. As plantas sofrem com o tremor causado pelas ondas sonoras, o que pode impedir seu crescimento adequado, pois elas perdem água devido à vibração dos ruídos.
Portanto, a poluição sonora não é um problema apenas de desconforto temporário, mas um desafio sério que afeta a saúde pública e o equilíbrio ambiental. É fundamental que a sociedade esteja cada vez mais consciente dos riscos dessa ameaça e da importância de manter um ambiente mais silencioso e saudável para todos.
