Inquérito aponta falha na avaliação médica antes da aplicação da anestesia geral
A Polícia Civil de Itapema concluiu o inquérito sobre a morte do empresário e influenciador Ricardo Godoi, ocorrida em janeiro deste ano durante um procedimento de anestesia geral para realização de uma tatuagem. O médico anestesista responsável foi indiciado por homicídio culposo, caracterizado pela ausência de intenção de matar, mas com indícios de negligência.
Segundo a investigação, o profissional teria falhado na solicitação de exames específicos que poderiam indicar riscos à realização da anestesia geral no paciente. Caso esses exames tivessem sido feitos, haveria informações suficientes para evitar a administração do procedimento adotado, que acabou levando à morte de Godoi.
O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público de Santa Catarina, que decidirá se oferece denúncia à Justiça. O caso gerou ampla repercussão e levantou debates sobre a segurança de procedimentos estéticos envolvendo anestesia geral.
Ricardo Godoi, de 46 anos, era conhecido no ramo de carros de luxo e possuía uma base de seguidores nas redes sociais. Ele faleceu no Hospital Dia Revitalite, em Itapema, após sofrer uma parada cardiorrespiratória durante a sedação para a tatuagem. A família e amigos questionaram a conduta dos profissionais envolvidos, e a Polícia Civil iniciou as investigações para apurar as circunstâncias da morte.
Especialistas em anestesiologia alertam para os riscos de procedimentos estéticos que envolvem anestesia geral, destacando a importância de avaliações prévias adequadas e a presença de equipe médica qualificada.