Índice cresceu quase 67% em um ano e reforça esforços do município para melhorar balneabilidade e preservar o Rio Camboriú
A Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) da Empresa Municipal de Água e Saneamento (Emasa), em Balneário Camboriú, atingiu uma eficiência média de 90% no tratamento de esgoto, de acordo com os indicadores de Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO5) referentes ao mês de maio de 2025. O dado representa um avanço expressivo em comparação com o índice de 54% registrado no mesmo período de 2024 — um aumento de quase 67% em um ano.
Segundo a equipe técnica da ETE, o nível atual de eficiência indica que a água devolvida ao Rio Camboriú está próxima da pureza, contribuindo diretamente para a melhoria da qualidade ambiental e da balneabilidade — um dos principais desafios históricos da cidade. Atualmente, a estação opera com vazão média de 406 litros por segundo, tratando mais de um milhão de metros cúbicos de esgoto por mês.
A prefeita Juliana Pavan afirmou que o avanço é resultado de um trabalho intenso nos últimos seis meses. “Essa é uma das questões mais críticas para Balneário Camboriú. Em janeiro deste ano, a estação operava com apenas 1% de eficiência, um número inadmissível. Alcançar 90% já é um grande passo, mas seguimos comprometidos em melhorar ainda mais”, declarou.
Entre as medidas que permitiram a evolução, o diretor-presidente da Emasa, Auri Pavoni, destacou a modernização do tanque de aeração, com a troca das membranas responsáveis por fornecer oxigênio ao processo biológico. Também foram feitas intervenções como a retirada de lodo ativado e o reativamento de tanques que estavam fora de operação. “Esses ajustes técnicos foram essenciais para elevar a eficiência do tratamento”, explicou Pavoni.
Além das melhorias já implantadas, a prefeitura aposta em novos investimentos para alcançar índices ainda mais altos. Uma nova Estação de Tratamento Preliminar está em construção no Bairro Nova Esperança, com investimento de R$ 33,3 milhões. Há também recursos destinados à reforma dos decantadores da atual ETE: cerca de R$ 2 milhões para a terceira estrutura e R$ 200 mil para correções no quarto módulo.
“Nosso objetivo é devolver ao Rio Camboriú uma água dentro dos padrões mais rigorosos de qualidade. Esses avanços na estação representam um passo fundamental para a sustentabilidade da cidade, que valoriza a proteção dos seus recursos naturais e a saúde das suas praias”, reforçou a prefeita.
