segunda-feira, junho 9, 2025
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BC no radar da Polícia Federal após quadrilha esconder fortuna em criptoativos e imóveis

Criminosos são investigados por ataques digitais e lavagem de dinheiro em esquema nacional

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A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (20), duas operações simultâneas para combater organizações criminosas envolvidas em fraudes cibernéticas, crimes financeiros, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Os mandados foram cumpridos nas cidades de Joinville, Camboriú, Itapema e Piçarras (SC); Poá, Guarulhos e Ribeirão Preto (SP); Ponta Grossa (PR) e São Luís (MA).

Ao todo, foram expedidos 26 mandados de busca e apreensão e 11 de prisão, além do sequestro de bens e valores em nome de investigados, “laranjas” e empresas ligadas aos grupos criminosos.

As investigações tiveram início com base em dados da Rede de Cooperação Internacional em Crimes Cibernéticos, criada em 2023. A apuração é conduzida pela Coordenação de Repressão a Fraudes Bancárias Eletrônicas da PF, com apoio das delegacias de Joinville e Itajaí.

Fotos: Divulgação

Operação Cryptoscam

A primeira ação, chamada Cryptoscam, tem como alvo uma organização criminosa formada por membros de uma mesma família com base em Ponta Grossa (PR). O grupo é investigado por fraudes bancárias e furtos de criptoativos. As apurações começaram após o furto de US$ 1,4 milhão em ativos digitais de um cidadão de Singapura, informado por meio de um canal de cooperação internacional.

Segundo a Polícia Federal, os suspeitos atuam desde 2010 e se mudaram para Balneário Camboriú em 2021, onde passaram a ocultar os valores ilícitos por meio de investimentos em imóveis de alto padrão, veículos de luxo e criptoativos, utilizando nomes de terceiros. Estima-se que o grupo movimentou R$ 100 milhões entre 2020 e 2025.

Parte dos envolvidos também teria participação em um ataque cibernético que, em 2020, comprometeu 150 contas da Caixa Econômica Federal, vinculadas a 40 prefeituras.

Fotos: Divulgação

Operação Wet Cleaning

A segunda operação, intitulada Wet Cleaning, surgiu após a prisão de uma mulher investigada como uma das maiores estelionatárias do Brasil, acusada de aplicar diversos golpes contra a Caixa. A partir dela, a PF identificou conexões com suspeitos de furtos de caixas eletrônicos, fraudes digitais, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

As investigações indicam que os criminosos lavavam recursos ilícitos por meio de empresas formais nos setores da construção civil, tecnologia e transporte de cargas. O grupo teria movimentado R$ 110 milhões em criptoativos.

As apurações seguem em andamento para identificar outros envolvidos e aprofundar as conexões nacionais e internacionais das duas organizações.

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