Helena Lurdes Noetzold, de 68 anos, estava a caminho de Gaspar quando o veículo onde viajava foi atingido por uma caminhonete roubada durante perseguição policial
O que era para ser uma simples viagem em família terminou de forma trágica para Helena Lurdes Noetzold, de 68 anos. Ela morreu após o carro em que estava ser atingido por uma caminhonete roubada, usada na fuga de criminosos envolvidos em um assalto a uma concessionária de veículos em Jaraguá do Sul, no Norte de Santa Catarina. O acidente aconteceu na tarde de terça-feira (22), na BR-101, próximo à divisa com Garuva.
A vítima viajava com o filho, a nora e o neto, saindo de Guaratuba, no Paraná, com destino a Gaspar, no Vale do Itajaí. O veículo da família, um Chevrolet Prisma, foi atingido violentamente por uma Pajero Dakar que fugia da polícia após participar do assalto. Helena chegou a ser socorrida em estado crítico e levada ao Hospital São José, em Joinville, mas faleceu ainda na noite do mesmo dia.

O filho de Helena, identificado como Eleceu Nehring, sofreu traumatismo craniano e segue internado em estado grave. A esposa dele e o filho do casal também ficaram feridos e precisaram de atendimento médico na UPA de Garuva. Não há detalhes atualizados sobre o quadro de saúde deles.
A caminhonete envolvida no acidente havia sido roubada durante um assalto a uma loja de veículos usados no início da tarde de terça-feira. De acordo com as autoridades, ao menos seis criminosos participaram diretamente da ação. Os assaltantes entraram no local armados, renderam os funcionários e fugiram levando nove caminhonetes. A ação foi meticulosamente planejada: os criminosos levaram galões de óleo diesel, já que os veículos estavam com pouco combustível.

A Polícia Rodoviária Federal informou que, logo após a colisão, dois ocupantes da Pajero tentaram escapar por uma área de mata, mas foram encontrados e detidos pelos agentes. Até o momento, seis pessoas foram presas e todos os veículos roubados foram recuperados. As investigações apontam para o envolvimento de pelo menos 13 pessoas na organização do crime.
O caso segue sendo apurado pela Polícia Civil. A morte de Helena gerou comoção e levantou novamente o debate sobre os riscos que perseguições policiais impõem a pessoas inocentes.
Até a publicação desta reportagem, ainda não haviam sido divulgadas informações sobre o velório e sepultamento da vítima.