sábado, julho 26, 2025
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BC vai usar mosquitos com bactéria para diminuir casos de dengue

Insetos com Wolbachia impedem a multiplicação do vírus no organismo

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A cidade de Balneário Camboriú se prepara para iniciar, a partir de agosto, a soltura dos primeiros Wolbitos — mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia, método que visa reduzir a transmissão de doenças como dengue, zika e chikungunya. A ação faz parte de um projeto do Ministério da Saúde, conduzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com a empresa Wolbito do Brasil.

Os Wolbitos não transmitem as arboviroses porque a bactéria Wolbachia impede o desenvolvimento dos vírus nos organismos dos mosquitos. O método é considerado seguro, não envolve modificação genética e já foi aplicado com sucesso em outras cidades brasileiras, como Niterói (RJ), onde houve redução de até 70% nos casos de dengue, segundo dados preliminares.

A Secretaria de Saúde de Balneário Camboriú vem realizando ações de divulgação e conscientização desde o início do ano. Neste mês de julho, a campanha foi intensificada com distribuição de materiais informativos para esclarecer a população sobre o funcionamento e os benefícios do método. A secretária de Saúde, Aline Leal, reforçou a importância da informação antes do início da liberação dos mosquitos.

Desde o anúncio de que Balneário Camboriú seria contemplada com o projeto, feito em janeiro deste ano, o município iniciou a preparação técnica necessária por meio da Vigilância Ambiental. Entre as ações realizadas estão a elaboração do mapa de estratificação de risco, a definição das áreas prioritárias e a capacitação dos agentes de combate a endemias.

“O processo foi conduzido em parceria com o Ministério da Saúde, a Fiocruz e a Wolbito do Brasil, com foco na segurança e na eficiência da aplicação”, explica o diretor da Vigilância Ambiental, David Cruz.

A tecnologia é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como estratégia complementar no enfrentamento das arboviroses e já foi incorporada à política pública nacional de saúde. A Wolbito do Brasil, empresa responsável por operacionalizar o método no país, mantém a maior biofábrica do mundo dedicada à criação desses mosquitos.

Apesar da introdução do método, a recomendação é que a população continue adotando as medidas preventivas tradicionais, como eliminar criadouros e colaborar com o trabalho dos agentes de saúde. Isso porque não há diferença visível entre os mosquitos com e sem a Wolbachia, tornando essencial a manutenção dos cuidados de rotina no combate ao Aedes aegypti.

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