João Paulo Tavares Bastos explica novo modelo de gestão federal e os impactos da mudança após processo de federalização
Em entrevista ao Catarina Notícias, o Superintendente do Porto de Itajaí, João Paulo Tavares Bastos, explica a criação da Companhia Docas de Itajaí, que irá administrar o porto organizado, atualmente comandado pela Companhia Docas de Santos, resultado do processo de federalização do complexo.
“Se tudo correr como previsto, estimamos que a criação da empresa que irá gerir o Porto de Itajaí aconteça em cerca de dois meses. Mas não se trata apenas de criar a empresa — é preciso inseri-la no orçamento da União para o próximo ano. Por isso, estamos com uma delegação em Brasília, atuando junto à Presidência da República e ao Ministério do Planejamento, justamente na formatação desse processo”, explica o Superintendente.
João Paulo explica também que a Secretaria Nacional de Portos já editou uma portaria que nomeia a Comissão Federal responsável por instituir a nova empresa. Essa comissão terá 15 dias para apresentar seu plano de trabalho e 90 dias para a conclusão dos trabalhos. O prazo poderá ser prorrogado, mas a expectativa é de que isso não seja necessário.
“A grande mudança é que retomamos a autonomia. O Porto de Itajaí volta a operar com gestão própria. Sempre foi um porto de sucesso, autossustentável em todos os aspectos. Com a criação da nova empresa pública federal — e não mais uma autarquia —, o Porto ganhará autonomia gerencial, administrativa e funcional”, pontua João Paulo. “A diferença é que, agora, em vez de ser uma autoridade portuária municipal, passará a ser uma autoridade portuária federal, ligada diretamente ao Ministério de Portos e Aeroportos, que é quem comanda efetivamente o setor”, completa.
O processo de federalização e a relação Porto-Cidade
Na entrevista exclusiva ao Catarina Notícias, o Superintendente explica ainda todo o processo ocorrido na polêmica federalização do Porto de Itajaí, que deixou de ser o único porto brasileiro municipalizado para voltar à administração da União. João Paulo contempla também sua visão diante da relação Porto-Cidade, em que problemas como a mobilidade estão em pauta, a relação com os sindicatos portuários e os efeitos práticos e políticos da federalização.
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