Ações simultâneas prendem suspeitos que guardavam imagens criminosas que destroem vidas
Na manhã desta sexta-feira (27), o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), por meio do CyberGAECO, deflagrou a Operação Expurgo com o objetivo de combater o armazenamento e o compartilhamento de material relacionado ao abuso sexual infantojuvenil. A ação aconteceu de forma simultânea em seis municípios, incluindo cidades de Camboriú e Brusque, além de Indaial, Timbó, Joinville e Ubatuba, no litoral paulista.
A operação resultou na prisão em flagrante de quatro pessoas, sendo duas em Timbó, uma em Indaial e uma em Camboriú. Em todos os locais, os mandados de busca e apreensão foram cumpridos com apoio técnico da Polícia Científica, para garantir a preservação das provas digitais coletadas.
De acordo com o MPSC, a ação é parte de uma investigação que visa identificar usuários da internet que armazenam conteúdo de abuso sexual infantil, crime gravíssimo que pode evoluir para práticas ainda mais perigosas. O promotor Eliatar Silva Junior, coordenador do CyberGAECO, destaca que a operação busca romper a falsa sensação de anonimato de criminosos que se escondem no ambiente virtual para consumir e compartilhar esse tipo de material.
Em Camboriú, a prisão em flagrante ocorreu após a confirmação do armazenamento de arquivos ilegais durante o cumprimento de mandado. Situação semelhante foi verificada em outras cidades como Brusque, que também integra a associação e onde foram cumpridas buscas com o mesmo objetivo.
Além do MPSC e do CyberGAECO, a operação contou com a participação da Polícia Federal, por meio da Coordenação de Repressão a Crimes Cibernéticos, da Agência de Investigação Interna dos Estados Unidos (Homeland Security Investigations – HSI) e da Embaixada americana, numa atuação conjunta que evidencia a importância da cooperação internacional e interinstitucional no combate a crimes cibernéticos envolvendo vítimas em situação de extrema vulnerabilidade.
Os mandados foram expedidos pelas Varas Regionais de Garantias das Comarcas de Balneário Camboriú, Blumenau, Itajaí, Joinville e pela Vara da Infância e Juventude de Palhoça, com base em pedidos formalizados pelas Promotorias de Justiça envolvidas na operação.
O nome da operação, Expurgo, simboliza uma “limpeza” no ambiente virtual, com o objetivo de eliminar práticas que atentam contra a dignidade de crianças e adolescentes. O MPSC reforça que armazenar esse tipo de material também é crime, e que o combate a essas condutas será firme, contínuo e baseado na proteção das vítimas.
As investigações seguem sob sigilo. Assim que os autos forem públicos, novas informações poderão ser divulgadas à imprensa.
