Polícia Civil e Científica atuam juntas para deter suspeito que se recusou a fornecer material biológico
Um caso chocante terminou com a prisão de um psicólogo em Brusque na sexta-feira (30), investigado por abuso sexual contra uma criança de apenas 8 anos. A ação da Polícia Civil de Santa Catarina, por meio da DPCAMI (Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso) de Brusque, em parceria com a Polícia Científica, foi rápida e decisiva, culminando na prisão do suspeito em seu próprio consultório, no centro da cidade.
Tudo começou com a atitude corajosa dos pais do menino, que registraram um boletim de ocorrência após o filho relatar um abuso durante uma consulta psicológica em 2 de abril deste ano. A seriedade da situação levou a criança imediatamente para a Polícia Científica. E o resultado da perícia foi estarrecedor: foram encontrados espermatozoides em uma das roupas do garoto, uma prova irrefutável do crime.
Durante as investigações, o psicólogo demonstrou não estar disposto a colaborar, recusando-se a fornecer material biológico para comparação. Diante disso, a Polícia Civil não hesitou e solicitou mandados de busca e apreensão para a casa e o consultório do suspeito, buscando por mídias, itens de higiene pessoal e outros vestígios que pudessem fortalecer ainda mais o caso.
A situação ficou ainda mais grave quando se descobriu que o investigado não só continuava atendendo crianças, mas também já havia sido denunciado em 2022 por atos libidinosos contra uma menina de 4 anos, também durante uma consulta. Com esse histórico preocupante e as novas evidências, a Justiça acatou o pedido da Polícia e decretou a prisão preventiva do psicólogo.
Nesta sexta-feira (30), as buscas foram realizadas e o suspeito foi detido em seu consultório, sem chance de escapar da Justiça.
A resolução ágil desse caso só foi possível graças à percepção e à ação imediata da mãe do menino. Ao notar mudanças no comportamento do filho, ela manteve um diálogo aberto e acolhedor, criando um ambiente seguro para que a criança conseguisse relatar o ocorrido. Essa conversa sincera foi o primeiro passo. Em seguida, a família procurou a Polícia sem demora, e essa agilidade foi crucial para coletar as provas necessárias e garantir a prisão do acusado.
A Polícia Civil reforça a importância de pais e responsáveis estarem sempre atentos aos sinais e de buscarem as autoridades imediatamente em casos de suspeita. A voz das crianças, quando ouvida e acolhida, é a maior ferramenta contra a violência.